Perigo Público

Este é o blog do começo, do dia 1 de uma nova era de ameaças descobertas por três alunas de comunicação. Este é o blog que vai tratar da cadeira de Direito da Comunicação, da matéria apreendida e como a aplicamos no dia-a-dia. Bem -vindos.

quinta-feira, novembro 17, 2005

"Por vezes, a lei tem de ceder a outros valores, transformando-se, assim, numa lei injusta"

Toda a lei se aplicada contra a vontade de alguém é uma lei injusta. Às vezes, mas nem sempre como é claro, é simplesmente uma questão de perspectiva. Um católico não pode concordar com a interrupção voluntária da gravidez, segundo entidades com o mais alto cargo da Igreja católica, pois só Deus pode interromper a vida e não o Homem. (Isto aplica-se igualmente ao suicídio). O indivíduo católico é contra esta despenalização do aborto que de certa forma será considerada uma lei. Para ele é uma lei injusta, a sua educação não lhe permite aceitar isto.
Mas "Por vezes, a lei tem de ceder a outros valores" como a da violação, mal - formação (os quais já estão previstos e nesses casos há a possibilidade de abortar) e na minha opinião, valores como o das crianças abandonadas, vendidas, maltratadas, porque os pais em questão não queriam a criança. Hoje, ainda, há crianças abandonadas à porta de igrejas, em caixotes de lixo, debaixo de bancos... crianças vendidas para a prostituição... Até que ponto é que isto vai? muito muito longe.
Face a estes factos, porque não deixar às pessoas , e em especial às mulheres, decidirem? Para muitas a lei é injusta por não lhes permitir interromper a gravidez com todas as condições necessárias, em vez de morrerem mulheres por operações deste tipo mal feitas?
Se a lei é agora injusta para uns, é justa para outros e vice versa. As pessoas são todas diferentes e com educações e valores diferentes. Ninguém reage da mesma maneira. Para mim, é só uma questão de perspectiva.